O Parque Burle Marx tem sua origem vinculada ao processo de urbanização a que foi submetida a área da antiga Chácara Tangará, localizada na zona sul de São Paulo. A necessidade de preservação de um dos últimos remanescentes de mata, bem como o patrimônio cultural representado pelo projeto paisagístico realizado por Roberto Burle Marx, levou à criação do Parque Burle Marx como um parque de lazer contemplativo.
O envolvimento de Roberto Burle Marx com a região começou na década de 50, quando renomado paisagista foi contratado para desenvolver o projeto dos jardins da mansão que Baby Pignatari começara a construir no local. A casa nunca chegou a ser finalizada, foi posteriormente demolida e os jardins foram implantados, mas depois ficaram abandonados por mais de quarenta anos.
Na implantação do Parque, o projeto paisagístico do Burle Marx foi restaurado e o escritório do renomado paisagista foi contratado para fazer esse trabalho. Burle Marx acompanhou este trabalho de restauração, realizado em 1992, mas não teve a oportunidade de acompanhar a inauguração do parque em 1995, pois faleceu no dia 4 de junho de 1994.
Do projeto de Burle Marx da década de 50, cuja planta pode ser baixada a partir deste link, destacam-se um conjunto de 15 palmeiras imperiais, o gramado quadriculado, o pergolado, os pau ferros e o espelho d'água acompanhado dos painéis em alto relevo.
O Parque Burle Marx, com área total de 138.279 ha, caracteriza-se pela predominância de vegetação arbórea de grande porte, remanescente de mata Atlântica e de explorações de espécies exóticas como Eucalipto, que recobrem áreas de relevo diversificado, em torno de um vale aberto, onde se situa o lago.
Para as caminhadas o parque dispõe de trilhas no interior da mata. São três trilhas sinalizadas com informações de trajeto, distância percorrida e indicação de grau de dificuldade. A Trilha A tem 350 metros, a Trilha B, 850 metros e a Trilha C, 1060 metros.
A fauna é composta por 89 espécies (clique aqui para baixar a lista completa de espécies), a maioria de aves. O grande atrativo são os sagüis de tufo branco, que vivem soltos na mata. São também bastante abundantes teiús, gambás, tartarugas e preás.
A finalidade principal do parque é a preservação desse espaço natural e a sua utilização visando o bem estar e a melhoria da qualidade de vida da população urbana, principalmente daquela que reside nas suas imediações. Vem permitindo uma aproximação da população com a natureza, proporcionando, através de suas trilhas e caminhos, agradáveis passeios por entre a vegetação constituída de espécies típicas da mata Atlântica, além de favorecer a conscientização ecológica.
No mesto ato da doação do Parque à municipalidade de São Paulo, foi constituida a Fundação Aron Birmann que, por meio de convênio assinado com a Prefeitura Municipal de São Paulo, é responsável pelo sustento, pela preservação e pela manutenção do Parque.
A Fundação, uma entidade sem fins lucrativos, depende de doações de parceiros e de seu programa de associados para manter o Parque, que não apenas é um remanescente de mata atlântica em meio à caótica São Paulo, como também é uma saudável opção de lazer para a população paulistana.
No início de 2009, o Parque Burle Marx foi eleito o melhor parque da cidade, comprovando que o modelo de administração privada defendido pela Fundação não apenas é apenas viável, mas pode trazer soluções criativas para os problemas urbanos, criando um ambiente agradável, limpo e seguro para a população.
Para saber mais sobre como contribuir com o Parque, afilie-se ao programa de associados da Fundação ou entre em contato conosco.
Para obter mais informações, acesso o site oficial do Parque Burle Marx: www.parqueburlemarx.com.br.